Parece que andam 7.888 mil milhões de pessoas a passarinhar pelo planeta Terra.
Um planeta com 510 milhões de km².
A Via Láctea tem 100 mil anos-luz de diâmetro – a internet disse a este operador que o tempo estimados para percorrer a Galáxia é equivalente andar de carro a 120km/h durante 899 mil milhões de anos.
Mas se não quisermos perder a cabeça com tantos números, baste que olhemos para este: 7.888 mil milhões de habitantes na Terra.
Este operador, após anos de pesquisa, dias fechado em bibliotecas a olhar para livros com letras que diziam coisas, experiências de observador, enfim… ainda que esta apreciação seja embrionária, é seguro dizer que os idiotas ou palermas (para quem não sabe, segundo o dicionário português é quem se mostra incapaz de coordenar ideias) habitualmente coabitam no mesmo espaço físico e tendem a agir em bando por defesa, mas afastando-se uns dos outros se surgir um indicativo, por pequeno que seja, que demonstre que a sua imagem social seja melindrada. Este ser não tem capacidade de perceber se o tal indicativo é de fonte verdadeira ou não, no entanto reage à semelhança de uma avestruz – à falta de melhor animal e as avestruzes que perdoem este operador pela escassez de vocabulário.
Os idiotas crescem e reproduzem-se numa espécie de ninho. Engane-se quem pensa que a reprodução se faz por métodos normais aprendidos na escola. A multiplicação é organizada desorganizadamente por meio de um sistema de palavras aleatórias formando frases sem autor – e que os opostos dos idiotas inclusive rejeitam ser identificados a este discurso – alimentando aquilo que este ser identifica como “inimigo comum”.
A título de exemplo, este operador revela abaixo algumas frases que foi observando ao longo do seu estudo:
“Na minha opinião pessoal, pessoas assim não vão a lado nenhum e sinceramente acho que a vida lhe vai ensinar muita coisa”
“Também chega aqui e quer saber mais que nós, quer dizer, nós já estamos aqui há muito tempo”
“Eu não desejo mal a ninguém, mas… “
“As pessoas às vezes, digo-te sinceramente, é mesmo de quem não sabe estar em equipa”
Apesar da aparente união e um discurso momentaneamente comum, os idiotas e os palermas, há falta do “inimigo comum” fora do seu ninho, para sobreviver, os idiotas e os palermas procuram na sua própria espécie algo ou alguém que possa substituir alegando factos ainda mais notoriamente superficiais.
Este operador teve oportunidade ver um caso desses e o discurso foi o seguinte:
“Olha é assim, eu por mim está tudo bem e nem gosto de ser eu a dizer estas coisas, porque vocês sabem que eu não sou assim, mas já viram o tempo que ele passou na casa de banho?”
Um ato de sobrevivência puro, pois o idiota sabe que se não for ele a mencionar isto, outro palerma o fará e poderá ser ele próprio a vítima.
O idiota ou o palerma é um ser de cérebro básico, mas ao mesmo tempo com comportamentos complexos.
Muito dificilmente este o idiota evolui na sua vida. Ou seja, se o seu meio social tiver historicamente dados que no seculo XIV alguém foi próspero, este ser vai reproduzir o mesmo comportamento até ao final dos seus dias.
Mais um exemplo prático:
O idiota vai namorar com o género oposto mesmo que esse não seja o seu desejo.
Vai casar e ter filhos mesmo que isso o coloque infeliz toda a sua existência.
O idiota vai trabalhar num escritório 400 anos até à reforma com um salário pequenino que vai aumentando de 20 em 20 anos, sendo que no entretanto assume como aumento o discurso do chalupa do seu patrão “ui se não fosses tu a fazer esta fotocópia ou a colocar números numa tabela esta empresa iria à falência”.
O idiota ou palerma não é chefe nem diretor de nada, mas assina como tal, porque esse é o aumento salarial que ambiciona.
Para os que vivem fora deste ninho e se por algum azar poisaram nele, tentem sair o mais rapidamente possível.
Atenção: não tragam ninguém convosco.
É uma tentação! Muitas vezes, o oposto do idiota ou palerma quer trazê-los ao mundo real. Enganem-se… isso não vai acontecer! Infelizmente, vai espalhá-los!
Idealmente, é convencer os idiotas ou palermas que vocês não são merecedores daquele ninho, que realmente eles são incríveis, que ninguém se compara a eles e o melhor será abandonar!
Certifiquem-se que isto está claro, não mostrando que podem estar a evoluir ou que conhecem alguém famoso. Porque uma das tentações dos idiotas e palermas são os famosos ou conhecidos da aldeia com muitos dígitos na conta bancária e um carro de gama alta. Não precisam de ser conhecidos mundiais, basta que seja na freguesia, porque a visão periférica é muito reduzida.
Por isso, num planeta onde vivem 7.888 mil milhões de pessoas, os idiotas ou palermas cabem nele e até certo ponto fazem falta, mais não seja pela comparação.
Só não sejam idiotas!
Não os deixem espalhar-se!
Operador um!