Placas e Plaquinhas no meio de uma taberna municipal

A propósito da Liberdade, impõe-se uma análise sobre as anteriores Assembleias Municipais. 

“Mas porquê das anteriores e não da que está a acontecer agora?”

Porque meio que já se sabe que nesta altura todos se dizem democráticos, humanistas, puros e todos esses adjetivos bonitos. A questão é se foram antes…

As Assembleias Municipais, já se sabe que são um motivo de grande inspiração para este Operador, mas com o envolvimento na indústria havia se esquecido da atração pelo abismo que desperta estas reuniões. São sete páginas de apontamentos que este Operador deverá ser digno de resumir em poucas palavras o que se passou. 

Se há uns anos, apesar de pateta, ainda havia quem discutisse questões de fundo para os munícipes, aos dias de hoje discute-se semântica e a vergonha perdeu-se!

“Ah pois é, vê-se que no Parlamento, há partidos populistas e xenófobos que de facto faltam ao respeito e são um perigo para a democracia!”

Verdade! Mil vezes verdade!

Agora vão a esta Assembleia Municipal e tentem distinguir os partidos sem ouvir a chamada ao púlpito. 

Este Operador teve que apontar com atenção!

Entre moções, louvores e protestos é necessário uma atenção redobrada para não adormecer na leitura da Epístola de São Paulo aos Coríntios e Wikipédia. 

Porque sempre que é apresentado algo, há toda uma explicação baseada numa bibliografia e de repente esquecem-se do que estão ali a fazer. 

Na última frasezinha lá dizem: Por isso, propomos que a Câmara diga coisas sobre este assunto ou coloque uns outdoors ou isso… nem interessa, só vim mesmo dizer umas coisas!

Grande parte concorda uns com os outros, é preciso que se diga a verdade. 

Da direita à esquerda, dificilmente se vai ver malta a discordar. Até porque as informações foram tiradas de uma Enciclopédia. É difícil divergir! 

A parte interessante vem agora.

À falta de contradições entre partidos, já que convergem com alguma regularidade, liga-se o botão “a tua mãe é que é”. 

E numa freguesia algures colocaram uma placa de uma rua com o nome do Presidente da Câmara que à data estava com meses de mandato. 

E entre problemas com impostos municipais, sobreiros que se abatem, transportes, etc… o que estes senhores, que foram designados para defender os cidadãos, decidiram fazer foi discutir a plaquinha e o quão indigna era aquela Junta de Freguesia por ter escolhido o Sr. Presidente da Câmara. 

Este Operador foi ler – que é um operador muito culto – e aparentemente não há problema nenhum… mas a sensibilidade deve-se ter em conta e cabemos todos

Placas, plaquinhas e plac…. ai que ia sair um palavrão. 

Ainda que podia sair, porque ao mesmo tempo que há uma ofensa generalizada com a placa, não há um mínimo de indignação por uma Assembleia que teve seis horas (é melhor repetir que podem não ter lido: SEIS HORAS) e mais uma sessão extraordinária cujo final foi uma mão de absolutamente nada! 

Com falta de de argumentos nas várias facções políticas, mandam os miúdos das Jotas todos contentes porque vão ao púlpito e vestiram um fato nessa noite, mas de repente esquecem-se que é MUNICIPAL… alguém os pode lembrar que não é o Parlamento e o foco é o Município? 

“Porque desde a eleição legislativa do caraças a quatro que não sei quê”

Este Operador não pode dizer-lhes, porque teme represálias e pessoas excitadonas com vontade de mandar uns bifes! 

“Que arrogância Vossa Excelência Senhor Presidente da Câmara aceitar que o seu nome esteja numa plaquinha de uma rua”

E depois é isto… ficava muito mais curto se não se pusessem com este paleio que nem em Bruxelas se dão ao trabalho de ter:

Vossa Excelência Senhor Presidente da Assembleia, Vossa Excelência Senhor Presidente da Câmara, Deputados, Presidentes de Junta, Senhoras e Senhores presentes nesta sala e a todos os que nos estão a assistir pela plataforma. 

Uffaaa… é que só ao fim da terceira hora deixaram de dizer isto e começaram no que para eles é debate. 

Pingas de azeite a cair nas pupilas doía menos!

Lá para o fim os líderes das principais bancadas mandaram para lá uns bifes. Mas é giro porque “a tua mãe é que é” é um argumento muito frequente! 

Um deles, ou vai com papéis escritos por um advogado com 2 meses de antecedência (para prevenir e isso) ou parece que saiu ali da tasca do Sr. Joaquim

Se leva coisas escritas brinda-nos com palavras como “democracia”, “humanismo”, “lutar em nome do povo”… 

Se se esquece dos papéis no banco sai-lhe “ai é, ai é… não há buraco maior do que aquele na sua cabeça, Sr. Deputado”. 

Um glamour o senhor! Este Operador ficou fã e quer continuar a vê-lo para todo o sempre! 

“Sr. Deputado os seus decibéis não são compatíveis com o nível desta Assembleia”

Ok, o Presidente da Mesa não era muito melhor, até porque o nível era demasiado baixo e o senhor podia rezar o Pai Nosso aos gritos que estava compatível na mesma!

Depois lá apareceu o Presidente da Junta que em tempos este Operador também falou. Mas mais mansinho na Assembleia… MIAUFA! Não vá eles se passarem e lhe caírem em cima!

A questão é: Se não perceberam nada do que estão ali a fazer, porque fazem questão de o demonstrar?

Pronto, este Operador não sabe como ficou a placa ou plaquinha ou a pla outra coisa…

Mas foi giro!

Operador Um.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *