Definição “Troglodita” – num cenário aleatório

A palavra “troglodita” é formada por duas raízes gregas: “troglé” (caverna) e “dítos” (entrado). Portanto, o significado literal é “aquele que vive numa caverna”. 

A palavra “troglodita” apareceu pela primeira vez no vocabulário científico, como um termo utilizado para se referir aos povos pré-históricos que habitavam em cavernas. Mais tarde, a palavra foi usada figurativamente para descrever pessoas com hábitos considerados primitivos ou rudes.

O uso pejorativo da palavra intensificou-se especialmente a partir do século XX, quando a palavra começou a ser usada de forma depreciativa em relação a pessoas ou grupos considerados atrasados, ignorantes ou sem educação.

Foi super interessante, não foi?

Isto não é só dizer mal, também há pesquisa e investigação sobre as origens das palavras e coisas assim mais académicas. 

Pelo menos nos lugares por onde este Operador passou não há, a olho nu, uma pessoa que aparentemente se associe a um troglodita: caçar mamutes com uma lança, vestir um pareô de pele, desenhar elefantes numa gruta às escuras… Assim, à primeira vista, não se vê!

Mas, sendo este Operador um investigador notável com anos de experiência, consegue ver um troglodita em lugares, alguns dirão, incomuns. 

Imaginemos o seguinte cenário:

Um senhor trabalhador, de mãos calejadas pelo trabalho árduo , adquiriu um carro elegante e grande com as economias que fez e outras que podem ou não ser “economias”. Posteriormente, alugou um pavilhão próximo de empresas conceituadas aos olhos dele (apenas), embora essa extravagância tenha lhe custado um pouco caro. 

Ele fez nascer quatro ou cinco filhos, todos eles com um nível de insucesso invejável. Atualmente, está no seu quarto casamento e emprega dez pessoas, considerando isso um sinal de “sucesso”. Finalmente, pode usar a expressão “os meus empregados”. 

Infelizmente, essas dez pessoas mudam a cada ano, pois ele é um… suspense… um troglodita! 

“Mas Senhor Doutor Operador, como sabe que ele é um troglodita?”, dirá o leitor ou ouvinte. 

Meus caros, são anos de análise! 


Este indivíduo (ou indivíduos) apresenta dificuldade em delegar tarefas, usa um tom de voz elevado quando o faz, muitas vezes até mesmo a pastelaria nas redondezas consegue ouvi-lo. O padeiro uma vez foi a correr para lá a pensar que tinha de ser ele a descarregar coisas no armazém. 

Além disso, a sua capacidade de leitura e escrita de emails é limitada. De modo geral, a leitura não é o seu forte. 

É comum observá-lo dando ordens na saída de seu pavilhão, possivelmente para mostrar às empresas conceituadas vizinhas que ele é o proprietário. Também é comum ele possuir uma senhora, geralmente sobrinha ou prima, que desempenha o papel de recepcionista e secretária simultaneamente, cuja principal função é dizer “Sim, senhor, tem toda a razão”.

Este senhor foi às finanças abrir uma empresa, para ficar tudo legal, não é?

Mas sobretudo para poder dizer “eu sou empresário” e ser convidado para eventos daqueles que os senhores conceituados também vão…. Ele nunca foi, mas trabalha para que isso aconteça um dia. Já comprou uns tacos de golf e tudo!

Todos os que trabalham com ele são escolhidos meticulosamente com as seguintes características: 

– Tem de ser carentes financeiramente

– Que aceitem um abracinho como pagamento extra, 

– Preferencialmente débeis emocionalmente, que se deslumbram com uma impressora nova ou até mesmo uma agenda que o senhor lhes dá uma vez por ano (é sinal que a empresa pode gastar) 

– E que se deteriorem o suficiente para ao fim de pouco tempo o senhor dizer: 

“eu gostava muito que ficasses mas realmente não és suficientemente bom para esta empresa e nós precisamos de evoluir”. 

Em princípio nunca irá evoluir, mas o senhor tem que arquitetar alguma coisa!

Ahhh… este Operador esqueceu-se de dizer mais uma característica: 

se tiverem estudos superiores é uma mais valia, desde que o salário mínimo seja suficiente e façam o trabalho das pessoas todas que faltam e aprendam em dois dias o que este senhor aprendeu em vinte anos! 

Em conclusão, este indivíduo vive isolado num determinado sítio – consideremos isto “a caverna”. Não sabe ler nem escrever, desenhar também não lhe assiste e grunhe em vez de falar (para quem não sabe é o som de vozes que lembram o grunhido do porco).

Ora, isto tudo perfaz as características de “aquele que vive numa caverna”: um troglodita. 

Este Operador está sempre pronto a partilhar o seu conhecimento!

Operador Um.

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