Madre Teresa do Santo Office – uma história de bondade

Este operador não consegue começar esta história sem se emocionar! E até se podia dizer “emocionar com força” ou “emocionar vincadamente”, mas não será necessário… é enternecer de tal forma que se descrevermos a história será fácil e provavelmente este texto até será pequenino.

Às vezes entramos numa espiral de coisas negativas, não é? Sobretudo nos tempos de hoje em que nem sempre se consegue ver o “copo meio cheio”. Foram pandemias, são as secas extremas, agora esta chuva que não larga o pé… não fosse o mundial de futebol e às vezes até haveria tempo para recordar os milhares de migrantes ilegais no Qatar ou até aquela guerra que anda lá naquele país… aiiii… como se chama? É Ucrânia, não é? Valha-nos o futebol!

Mas nem só de futebol se vive… felizmente há pessoas que nos fazem acreditar num mundo melhor! E uma destas pessoas pediu a este operador para não ser revelada… é que as pessoas boazinhas normalmente gostam do anonimato… Mas estas épocas natalícias lixam tudo caraças! Porque algo as ilumina ao ponto de serem vistas ao longe e serem ouvidos coros celestiais.

Imagine-se que às vezes durante o ano até nem são assim tão boazinhas, chegando ao ponto de serem desagradáveis apenas para manterem o anonimato. Vai que descobrem que são boazinhas? Depois ficam com aquele cheiro, que é difícil sair da roupa de gente depressiva ou até, pior ainda, pobre…

Este operador já conheceu algumas destas pessoas e viu em primeira mão a dificuldade que é não se destacar. Tal já aconteceu a este operador, muito antes de saber todo este perfil tão completo, de achar que era uma pessoa mazinha, pffff… Que inculto e insensível que é este operador!

Mas deixemo-nos de considerações e passemos à homenagem a esta pessoa!

Primeiro, é produtora de vento! E às vezes é nos mais silenciosos atos que se vê a bondade porque é gratuito. O vento é o ar em movimento, renova o ar que se respira tornando-o mais puro. Hein? Ninguém sabe a dificuldade que é fazer isto para tanta e tanta gente, muitas vezes cansada, muitas vezes sem vontade, mas sempre com disposição de ajudar os outros.

A facilidade em criar o barulho branco exatamente da mesma forma que se assemelha a uma gralha azul. Este operador tem gosto em explicar esta quase que antítese! Com um afinco afinco produz uma combinação de frequências na mesma potência por forma a relaxar a nossa mente e aumentar a concentração. Com isto, os colegas não sentem uma necessidade de “preencher o silêncio” com conversas paralelas e são muito mais produtivos! Uma alternativa melhor que as músicas, porque dizem os estudos que até podem distrair. Reparam? Mais uma bondade que quase não se vê? Não é de admirar que a cada passo este operador se emocione…

E na mesma medida tem hábitos de uma gralha, esse pássaro bonito! Esta pessoa desperta-nos e perde para os papagaios e araras. Possui um sistema vocal bastante complexo, com formas variadas de comunicação, baseadas em combinações de cantos e gritos. E pumba… todos acordados… é a epitome da bondade, até porque grande parte das vezes nem se percebe bem o que diz, nem é necessário… é um serviço publico, ponto final!

Agora, é preciso tomar atenção porque quando é para ser ouvida ela fala. Muito raro isso acontecer… mas acontece! Quando tem um serviço que implique uma deslocação – e deslocação pode ser da cadeira para a fotocopiadora – as suas colegas sabem os seus afazeres. Mas não é para se mostrar… é mais uma vez, um ato em missão! Missão para que as suas colegas se foquem em serem melhores em tudo o que fazem, vendo-a como exemplo…

Este operador confessa com algum desgosto o facto desta pessoa não ser acessível a todos por ser tão requisitada e não conseguir ter um contacto mais íntimo, porque sabe que se tornaria numa pessoa muito melhor!

Felizmente há o Natal e todo o espírito que isso envolve e chega a vez dos discursos da pessoa serem mais frequentes. Este operador inclusive teve uma oportunidade única de assistir ao vivo à insistência desta pessoa para que a corporação para quem trabalha tivesse um evento solidário “tipo de ajudar as pessoas” segundo as palavras dela. Se este operador desconfiou que tivesse sido depois de ter visto o anúncio da SIC Esperança? Claro que sim! Mas de seguida ficou arrependido, porque foi uma forma injusta de classificar esta declaração, quando durante todo o ano se revela uma pessoa que ajuda gratuitamente quase em silêncio. Este operador até acha que estes dias a viu a colocar uma t-shirt naqueles contentores de ajudar “tipo as pessoas”.

Este operador dormiu sobre o assunto e esta homenagem é mais que merecida e talvez tardia!

“Madre Teresa” foi um símbolo de bondade por todo o mundo e se esta pessoa pede anonimato, assim o faremos, mas este operador sabe que há mais “Madres” por aí que merecem ser valorizadas.

Muitas vezes, as palavras até são escanzeladas, mas tudo tem um propósito: implementar o bem!

Por exemplo:

“tipo, eu acho que a solidariedade é uma cena que todos devemos fazer”


“aieeeeeee, a sério…. Tipo eu não acho normaalleeeee”

“eu adoro estar com as pessoas da classe operária e elas costumam gostar de mim” – ninguém a conhece, mas é para quê? Para incutir aos colegas a necessidade de proximidade e inclusão…

“aieeee oh Dona Fátima como está?” – é verdade que não se chama Fátima mas a senhora respondeu na mesma, porque sabe que o que conta é a intenção!

Esta pessoa uma vez por ano compra um pacote de arroz, separa 3 t-shirts e umas peúgas e dá. E depois fala disso todo o ano! Não é por nada de especial… é para implementar a coisa de ajudar as pessoas e isso!

Entre uma vez por ano e nenhuma, vai que uma vez é sempre alguma coisa!

É mais uma história de bondade!

Operador um.

2 thoughts on “<strong>Madre Teresa do Santo Office – uma história de bondade</strong>”

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *